sábado, 8 de outubro de 2011

∞ Pessoas: Roman Opalka ∞

     Roman Opalka era um polonês, que nasceu em 27 de agosto de 1931. Estudou Belas Artes e vivia na França. 
      O interessante é que Opalka começou a perseguir o infinito. O seu trabalho se baseava em pintar um processo de contagem, começando do um até chegar ao infinito. As telas eram chamadas por ele de "Detalhes" e tinham o mesmo tamanho da porta do seu estúdio em Varsóvia. O processo de pintar números começava no canto esquerdo superior da tela e acabava no canto direito inferior, em linhas horizontais. Cada tela começava da contagem onde a tela anterior parou.
      Opalka mudou um pouco seu ritual. Ele pintava números brancos sobre um fundo preto. Em 1968, ele mudou para o fundo cinza, porque dizia ser uma cor não simbólica. Além disso, nesse mesmo ano, Opalka introduziu um gravador de fita, falando cada número pintado e se fotografava depois do trabalho feito. Uma verdadeira obsessão da passagem do tempo.
      "Todo o meu trabalho é uma coisa única, a descrição do número um até o infinito. A única coisa, uma única vida. "
      Morreu esse ano, aos 6 de agosto de 2011, com 79 anos. O número final que ele escreveu era 5.607.249. 
      

     Posso dizer que o trabalho dele baseou-se no trauma que sofreu na juventude: o cárcere; de onde a única forma de sentir o tempo era uma fresta de luz. Seu sistema era uma forma de cárcere, prisão; porque durante toda a sua vida não quis se desviar do que se propôs a fazer: pintar uma sequência do tempo e tirar fotos diariamente suas (camisa branca num fundo branco). Opalka retrata sua degeneração, sua pequena morte diária. Como se aprisiona o infinito?? 
 ღ Fê ღ

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